quarta-feira, 6 de março de 2013

As Coisas que me Ensinas




Hoje entendi 
a simplicidade do amor.

Entendi que sentir a plenitude
só é possível,
se não nos detivermos em possibilidades
nem carregarmos o peso 
das coisas pequenas.

Não existe explicação possível
para todas as probabilidades.

Incauto é o sentimento que reconheces em ti,
sempre que afastares as sombras que te atormentam.

A luz retirada aos olhos que preferem se suicidar
é responsabilidade de quem esconde a verdade
por detrás do seu próprio rosto.

Que interessa se o sol nascer a poente?

ou se o poema morrer 
antes que se acendam todas as estrelas,
ou até renascer do eco das palavras?

Que importam os verbos conjugados 
no pretérito imaginando dias futuros?

Que importam todas as coisas 
se deixarmos as flores murcharem? 

Ah!...amor...
Esquecia-me de te dizer:

Hoje cortei todos os espinhos às rosas
e plantei amores-perfeitos no nosso jardim.

(eu)

2 comentários:

  1. Li a primeira página (uns 10 poemas) e rapidamente concluí que a tua poesia é soberba.
    Obrigado por teres passado no meu blog, pois só assim tive oportunidade de começar a ler a tua obra (doze dúzias exactas de poemas já é uma obra...).
    Um beijo, Cristina.

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