segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Sonhos Perdidos



Choram-me nas mãos os sonhos que perdi,
distraída.

Enquanto dos dedos, fios de sangue escorrem para alimentar 
a terra.

Já não sei dizer onde se escondeu a ilusão dos dias brilhantes. 
Suponho que no fundo dos olhos, onde guardo raras estrelas.

É lá, no fundo dos olhos, que as hastes despontam e cospem pássaros em busca de sol.
Contudo, posso afirmar que ainda trago no rosto desenhados sorrisos, 
molhados de orvalho crepuscular, daquele tempo em que os dias e as noites eram uma confusa miragem.

Há um mundo secreto nesta viagem.
E eu, já não o posso negar...




(eu)


Imagem- Google