quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Nunca Deixes que me Perca de Ti



Sei que um novo sol virá iluminar a terra,
e nela hão-de crescer árvores da vida.

Pingos de sangue espalharei por toda a parte
para que nunca te percas de mim.

Se um dia eu vier a sobrar-te 
nenhuma estrela sobreviverá a tal sorte,
nebulosas se estenderão por toda a parte,
e a cidade será apenas um mausoléu 
onde sucumbirei de eterna saudade.

Quero que saibas,
que há em mim a certeza de novas árvores
de novos céus, de novas lembranças.
Tudo será renovado 
com o abrir e o fechar dos olhos,
em transformações que não terão fim.

Sei também que terei de esperar 
por aqueles que vieram antes de mim. 
mas depois...
depois, poderei unir mundos 
resgatar estrelas, 
e morrer até te (re)encontrar.

Se um dia tu vieres a sobrar-me 
não deixes que me perca de ti.
Limpa do rosto as lágrimas de saudade
procura-me entre sóis, ou luas empoeiradas, 
em águas planetárias ou rios submersos.
E não te esqueças que o segredo do Universo
está na força da gravidade.

E no amor que me impulsiona os versos.


(eu)

Música que me inspirou o poema


Imagem- Lauri Blank

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Poema de Amor


Há trinta e três anos,
comecei a escrever 
um poema de amor.
Não! 
Não é uma epopeia.
É mesmo um poema de amor.

Com alguma timidez 

comecei-o assim:
- "Até que a morte nos separe".
Hoje, 
conheço-lhe já o último verso. 
Será assim:
-"E nem a morte poderá separar-nos".

Talvez um dia 

alguém o publique.

Talvez...

Parabéns para ti, 
parabéns para mim, 
parabéns para nós.

Tanto faz...



(eu)