Longe vão os anos
em que te encontrei
minha alma gémea
por quem me apaixonei.
Dentro de mim fervilhava
um coração encoberto pelo frio do inverno
aquecido sobre um leito de ternura e afecto,
onde começava uma vida que se estendia,
para te amar mais... e mais, e mais...
tu sabes:
- mais até do que podia-.
Era Janeiro e acendia-se a cor da paixão,
nas minhas rosas, no laço que puseste ao pescoço,
e no anel dourado que colocaste na minha mão.
Passaram anos e anos de uma vida cristalina,
edificada, afortunada, abundante:
em amor, em afectos, em sorrisos , em alegrias.
As rosas não murcharam e o jardim continua a florir,
o laço alongou-se , o amor cresceu,
mais flores nasceram, mais estrelas luziram.
-Só o anel dourado da minha mão se perdeu-.
-por descuido meu-
Não, não me esqueci dele, nem do dia em que o recebi
sobre dois corações entrelaçados,
e de olhos embaciados pela respiração do teu beijo,
olhei-te já despossuída do tule branco que me servia de esconderijo,
E prometi:
amar-te, amar-te , amar-te...
tu sabes:
-amar-te sempre, amar-te mais,
e fazer do amor o meu (e)terno regozijo-
Agora preciso procurar o anel dourado,
nos labirintos do poema,
pois só assim, ouvirás a voz do meu amor,
e deixará de fazer sentido o eco inaudível
de alguma presumível dor.
Então... de dedos despidos e corpo nu,
como as aves que sobrevoam os céus ,
em busca dele voarei,
minha alma gémea
por quem me apaixonei.
(eu)
Fotografia: Alfred Cheney Johnston
Mesmo que não encontres
ResponderEliminarVoa!
Voar
faz parte da promessa de amar
Querida Cristina,
ResponderEliminarBelíssimo poema,que transcorre um sentir pleno,sublime e intenso num curso que eterniza,assim o grande amor...
Feliz 2014!
Cada dia repleto de paz,amor,alegria e sonhos vestidos de poesia...
Grata pela tua meiga presença e teus belos e preciosos comentários!
Este teu espaço é muito especial,a tua bela arte poética sempre me encanta...
Beijinho grato.
Olá, querida Cristina!
ResponderEliminarO seu poema está tão simples, mas, simultaneamente tão original.
Casou-se no Inverno. Não é muito habitual, mas na invulgaridade, reside a diferença, e essa vocês já a fizeram há muito. PARABÉNS AOS "POMBINHOS"!
Faz hoje 32 anos de casada? Pensei que fosse amanhã. Quantas sensações, volúpias, doações, pequenas "atribulações" já não aconteceram!
Ah!, mas a menina perdeu o anel dourado, e ainda diz que foi por descuido seu. Então, quem confessa a verdade não merece castigo, e aqui, entre nós, que ninguém nos ouve, diga-me lá para que servem as alianças visíveis? Para os outros verem, responderão, alguns/umas, ou porque é "norma"?
O que interessa mesmo é a ALIANÇA INTERIOR COM O OUTRO, aquela que estabeleceu com palavras, gestos, oferendas, sentimentos, muito inteiros e verdadeiros, o resto é "paisagem".
Se Paulo de Carvalho diz numa das suas canções que "dez anos é muito tempo", então, o que dirá a Cristina já com 32 anos de uma feliz ligação?
Gostei muito da imagem, aliás, como sempre. Está distinta, diferente, senhora!
Continuação desse compromisso sério, sem peias e sobretudo com muito amor.
Beijinhos para os dois, que bem merecem.
Ah querida amiga, fiquei emocionada com o amor contido neste poema. Muitas felicidades e que dure por muitos e muitos anos esse amor. Grande beijo
ResponderEliminarExcelente sensibilidade
ResponderEliminarTudo pelo melhor
a despertar relâmpagos
Bjs
um poema original, que é uma declaração de amor.
ResponderEliminarmuito belo.
:)
Olá Cristina,
ResponderEliminarSe não encontrares o anel oferece este belíssimo poema cheio de amor e de afetos...parabéns pela data (se percebi bem, já que o final me deixou algo pensativo).
Gostei de vir aqui e vou ficar seguidor se me permitires :))
Beijinho
Oi, Querida Cristina!
ResponderEliminarLinda poesia! Tão real, que meu coração floriu e meus olhos encheram-se de lágrimas!
Adoro histórias de amor!
Felicidades! Muitas felicidades para vocês neste novo ano!
Beijos!
Muito lindo! Partilhei
ResponderEliminarhttp://lerviverler.blogspot.pt/2014/01/trinta-e-dois-anos.html
bjinhos