domingo, 22 de abril de 2012

Sonho por Sonhar




Apressadamente te sustenho 
Entre os dedos
Na pressa de te agarrar

Nesta invisibilidade 
Com que me tentas cegar
Deixo-te escorrer lentamente do visgo
Que trago plantado nas palmas das mãos.

Porquê?  Não sei!
Nem tão pouco sei se conseguirei,
Afinal eu não sou nada,

Sou uma réstia do cansaço de tudo,
Desesperadamente querendo sossegar.

E em desassossego d'Alma 
Agigantar os meus sonhos idílicos
Percorrendo os mais inóspitos caminhos
Até segurar em minhas mãos 
A luz da estrela mais rara.
E aí nesse lugar...
Mesmo que me iluda de esperança,
Possa viver na doce ilusão
O resto dos meus dias, 

Porque a morte pode esperar.

(eu)

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