Ela, tinha olhos cor de rosa e lábios cor de marfim. Pensavam que era deusa. E, todos os dias, lhe pediam mais um milagre.
Sempre tentou manter o perfume do seu olhar e a preciosidade
dos beijos que dava ao mundo.
Só quando, dos seus poros saíram as primeiras gotas de sangue,
se convenceram da sua natureza humana e tentaram escutar um coração que já não batia.
Aí choraram e maldisseram nunca terem tocado a sua pele. Mas era tarde.
Ela assumira a sua divindade e entregara-se aos céus.
(eu)