Choram-me nas mãos os sonhos que perdi,
distraída.
Enquanto dos dedos, fios de sangue escorrem para alimentar
a terra.
Já não sei dizer onde se escondeu a ilusão dos dias brilhantes.
Suponho que no fundo dos olhos, onde guardo raras estrelas.
É lá, no fundo dos olhos, que as hastes despontam e cospem pássaros em busca de sol.
Contudo, posso afirmar que ainda trago no rosto desenhados sorrisos,
molhados de orvalho crepuscular, daquele tempo em que os dias e as noites eram uma confusa miragem.
Há um mundo secreto nesta viagem.
E eu, já não o posso negar...
(eu)
Imagem- Google