Apresto-me hoje aqui,
A deixar testemunho do medo insano
Que teima corroer-me.... ao sentir que
Todas as palavras se esgotaram
Na pele gasta dos meus dedos.
Penso e não penso nada, apenas antevejo
Um emaranhado de ilusões, que
A pouco e pouco se desenleiam
E me fazem pensar na linha ténue
Que separa o escrevinhador de emoções,
Da loucura emancipada do manicómio.
Nas ilusões sentidas e pré- adivinhadas
Sobre a mesa, onde pouso esta folha.
Na vontade doentia com que embarco
À revelia de todos os ventos
Pelo mar bravio e assolado de tempestades,
Nas emoções que diariamente me assistem.
Um navio não pode navegar sem rumo!
(eu)
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