segunda-feira, 16 de abril de 2012

Sempre que a Carne Arde



Há um momento
- Um só momento -

Em que a carne me arde,
Em que os pés me queimam
Colados ao sítio onde eu estou.

Chamam-me mas não quero ir,
Ponho a máscara de quem vai

E vou... 

Sem ir... 
Ficando onde estou.

Caminhando vou,

Ficando aqui.

Sinto a carne em carne viva

Doendo de tanto arder,

Dou mais um passo,

Porém
Desisto!
Empalideço!
Eu não vou atrás de ninguém.  





(eu) 

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