quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Grito




Há um invisível silêncio
onde não consigo permanecer.
Ruídos longínquos 
onde um dia ousei escrever o teu nome,
assombram-me os dias
e nos olhos entram-me memórias
das palavras que abandonei ao vento.
É neste abismo temerário 
entre o dia e a noite
que sinto a pureza dos versos 
e apetece-me gritar-te: "Poema".



(eu)




Fotografia- Alfred Cheney Johnston

7 comentários:

  1. Excelente.
    Bom resto de semana, Cristina.
    Beijo.

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  2. no âmago do silêncio, a "pureza dos versos".
    ... e o Poema faz-se!

    gostei muito. beijo

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  3. A fotografia é uma arte! E a foto desviou-me a atenção do poema, direi que fui levado pelo vento.

    Felicidades
    MANUEL

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  4. Pressente-se a lonjura que o grito atinge.
    Muito belo, Cristina.
    Beijinho.

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  5. O grito na força da Poesia que se desnuda e genuinamente nasce
    na beleza expressiva de sempre!
    Esta pureza dos versos emanam da fonte inspiradora e original.
    A tua poesia sempre uma beleza genuína, Cristina!!
    Beijinhos.

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  6. As tuas palavras nunca são silenciosas...
    Belo!
    Bj :)

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