segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Laços



Este não sei quê, sem nome sem lugar,
esta sensação de não ser vista,
este sentimento que me habita 
de não pertença, 
este não merecimento da terra 
ou da nascença, 
não serão motivo  para que desista.

Talvez não seja terrena a minha fortuna,
na veemência lasciva com que liberto a dor,
tornando fecundo  este pacto de amor...

Liberta estou do que me aprisionava,
sem saber porquê me emaranhava em laços,
que me despiam a carne e me prendiam os braços...


(eu)

12 comentários:

  1. Oi Cristina,
    Linda demais! Liberdade tão bem escrita nas palavras e na imagem!
    Felicidades para você!

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  2. Boa tarde poetisa querida.. amei a foto.. é algo assim que espero ter ali na frente.. lindissimo não é.. sobre teu poema.. a fortuna que teremos jamais será a terrena.. a espiritual é só nossa.. é fortuna de ensinamentos.. não de ouro ou prata.. beijos e até smepre

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  3. há nós que precisam de se tirar nos laços que nos magoam...

    muito belo!

    :)

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  4. Precioso poema e impactante fotografía.
    Enhorabuena por tu entrada, ya que pienso: ¡que lo breve y bueno, doblemente bueno!
    Saludos.

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  5. Criamos laços o tempo todo sem perceber
    linda poesia

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  6. Olá Cristina!
    Como conheço bem esse sentimento de desenraizamento,
    como se um lugar não fosse nunca o nosso, ou não o reconhecessemos
    como tal. Como se do reino da incompreensão se tratasse...
    Mas ser livre é por vezes, não pertencer a lugar algum. A minha
    falecida mãe costumava dizer : " se és inteligente e sensível, será difícil
    encontrares um sítio onde te sintas bem". Mas um dia encontra-se.
    Que belo regresso com um belíssimo poema!
    Também gostei muito da imagem.
    Boa semana, Cristina!
    xx

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  7. Os laços e os nós tantas vezes magoam...
    Um belo poema.
    Beijo.

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  8. Talvez não seja terrena a tua fortuna
    Mas é bem terreno o teu verbo
    e o lirismo que colocas nele, falando de laços

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  9. Liberta estou do que me aprisionava,
    ---------
    É difícil a libertação. E afinal de contas estamos sempre presos a alguma coisa.
    ---
    Felicidades
    MANUEL

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  10. Oi Cristina,

    Este distanciamento libertário criam asas para um pouso no centro do Ser...
    Os laços que amarram se dissipam na transcendência.
    O balaço no vazio nos conecta com o infinito...

    Poema (sempre) muito belo e profundo!!

    Beijinhos.
    Ps: Estava saudosa de ler-te...

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