Eram 17:05 e não estavas lá...
Ceguei porque não te vi
e segui com os olhos em linha recta
os ríctus das máscaras que viajavam sonâmbulas
embaladas pelo som metálico dos carris.
Ensurdeci porque não te vi
e permaneci em pé
sobre a plataforma móvel entre duas carruagens.
Os pés desalinhados buscavam os teus,
procuravam-te para que permanecesses.
A ausência do beijo às 17:05
o tempo sem tempo às 17:05
todos os relógios me ignoraram sem pedir licença
hoje, às 17:05....
Passei a língua pelos lábios que se mantinham entreabertos
e cristalizados por não conseguirem falar....
- passava pouco das 17:05-
Emudeci, porque não te vi
Atraiçoada por um amor que me fez diminuta
viva num corpo desabitado de carícias quando eram 17:05,
em imagens que falharam quando tudo parecia perfeito
e me obrigaram a vestir este olhar de desgosto.
Apenas porque hoje, nenhum relógio marcou 17:05
Imagem- Frederico Erra
Em relógios desencontrados porfiamos no (re)encontro...
ResponderEliminarUma tela plena de poesia!
Beijo :)
Boa tarde!!
ResponderEliminarEstou emocionado com teus versos.
Parabéns .
Abraços
,Sinval
Nunca é tarde para o tempo
ResponderEliminarNunca é tarde para o tempo
ResponderEliminarOI CRISTINA!
ResponderEliminarNOSSA AMIGA, TEUS VERSOS PENETRAM NA ALMA E A MACHUCAM SEM DÓ!
LINDÍSSIMO.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
por vezes os relógios não estão certos....
ResponderEliminarprofundo e muito sentido este poema.
:(
Minha querida Cristina
ResponderEliminarNunca é tarde para o relógio marcar o tempo em que o amor desperte e o corpo amanheça.
Fiquei sem palavras para comentar o que apenas a alma do poeta sente. Digo apenas: SUBLIME!
Um beijinho com carinho
Sonhadora
CRISTINA,
ResponderEliminarcomunicando que "SEXO É UM PRODUTO DE CONSUMO" agora é
"FRAGMENTOS DO ACASO".
Que tal conferir, é no mesmo endereço.
Quanto ao seu texto, você realmente se supera a cada novo.
E-s-p-e-t-a-c-u-l-a-r !!!
Um abração carioca.
Um poema tão belo e profundo (tocante) que nos paralisa...
ResponderEliminarAs horas marcadas e contadas,registradas pelo o olhar cercado de afeto,a espera... Uma ausência transcendida pela saudade
vestida de desejo de corpo e alma...
Poema grandioso,muito original,Cristina!!
Beijinhos,querida.
Ps: Demorei um pouco,pois meu tempo muito corrido,muito menos que eu gostaria para comentar os amigos poetas...
A hora da espera...A tremenda ansiedade na expectativa do que não aconteceu.
ResponderEliminarAssim se esvaíu o dia....
Belo e maravilhoso
Gostei imenso
Bom fim de semana
Bjgrande do Lago
Boa tarde, Cristina
ResponderEliminarBelíssimo poema.
O abandono a que se dá a alma na constatação dos factos, é terrível. A esperança, mesmo depois da certeza se instalar, ainda permanece - não fosse apenas um atraso, uma falha do relógio...
Abço
Minha querida Cristina
ResponderEliminarPassando para agradecer as tuas palavras de carinho e deixar o meu beijinho
Sonhadora
A hora exacta do verso demorado
ResponderEliminarEmudeço rendida ao espanto de um tempo marcado a fogo de ausências.
ResponderEliminarParabéns, minha querida Cristina.
Beijo