Mais um dia, em que tomou consciência da inutilidade da sua existência.
Sabia-se diferente desde sempre.
O olhar claro e ampliado com que via o mundo, começou a
perturbá-la, pela forma simplista com que se vira obrigada a olhar para o reflexo da sua imagem.
Todos os dias lhe era pedida uma "calma" que não possuía.
Os seus braços cansados, já sem força para abraçar as flores que lhe foram colhidas da alma, penderam ao longo do corpo. Inertes, como hastes secas... sem vida!
Sentou-se. Vencida pela inércia de um pensamento sem voz, queria apenas que a sua sombra se esfumasse.
Do olho direito sentiu escorrer uma lágrima. Nela habitava a história que não era capaz de continuar.
E assim se ia deixando diluir, em cada gota de sal que lhe chegava aos lábios, ao mesmo tempo que escrevia palavras, em tom de despedida...
(eu)
muito nostálgico.
ResponderEliminarmas há sempre um novo amanhecer e com ele quiçá um novo renascer.
boa semana.
beijo
:)
Melancólico mas com sua beleza. Bjus
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