Despojado das vestes
Mas coberto pela imortalidade
Do silêncio .
Silenciosamente seu rosto
Entrava-me pelos olhos
Como se quisesse pertencer-me
Invadindo-me a alma.
Sombriamente
Continuou o seu caminho
Desaparecendo na multidão.
Por vezes sinto a sua próximidade.
Arrepio-me e peço-lhe:
Toca-me uma só vez,
Depois , só depois...
Poderei pedir-te perdão.
Antes do silêncio
Da mortalidade da minha voz!
(eu)
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