Fustigadas pelo vento
As ondas empurram as dunas
Tão frágeis no cimo do areal.
Os corpos vestem-se de brisa
E os poros abrem-se como flores
Beijadas p'lo orvalho matutino.
É assim que te tomo em cada dia
Mar galgando meu corpo de areia fina
Sufragada e entranhada p'las águas
Das marés prenhes de vida.
Os restos são:
Conchas, búzios
E carenas adormecidas.
Enquanto o sol desce para poente
Morrendo dolentemente
Das manhãs a que deu vida.
(eu)
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