Neste entardecer lento
Algumas vezes tento erguer
Em minhas mãos
As rosas que a pouco e pouco
Foste deixando sobre o meu ventre.
Outras vezes
Sinto o recomeço imaginado
No sonho em que me detenho
De visceras laceradas,
Vomitando palavras incontidas
Pelo sentimento existente
Nos interstícios das minhas células.
Sou (eu) sim!
Essa que parte sem partir
Essa que fica sem ficar
E espraia-se em marés de fogo
Com o sangue que lhe corre nas veias.
Sou (eu) sim!
Essa que ergue as rosas
E as beija com boca ardente!
(eu)
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