Sou levada a pensar:
Como tudo é tão pouco!
Como tudo é tão vago e irrisório:
O corpo, a pele, os odores
E até os amores.
Tudo é apenas uma questão de escala.
Olho para o Universo
Viro-o do avesso
E que vejo eu?
Uma visão ampliada e deformada
De uma sinápse entre dois neurónios.
Será isto o ciclo evolutivo da vida humana
Direccionado à perfeição?
Já exausto meu pensamento
Faz-me sentir em tormento
O imaginar a perfeição
Filha da imperfeição.
Não!
Só mesmo o amor
Possui essa força evolutiva
Reequilibradora da união mística
E da docilidade
De dois corpos adormecidos
Flutuando nas águas de um rio.
E assim tomo consciência de mim!
(eu)
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