Doem-me os pés
De tanto caminhar,
Tenho sede!
E os ossos gemem de suportar
A carga do meu corpo.
Queria tanto poder repousar
Neste entardecer.
Olhar o poente e pensar
Num outro lugar onde pudesse
Sentir-me renascer.
Bebo do suor da minha pele
Bebo das lágrimas que me caem
Sobre os lábios.
Choro no deserto aberto
Deste meu peito
Onde já nem sobram despojos
Do que outrora sonhei conhecer.
Solitariamente confusa
De alma louca,
Ou Talvez oca
Ou prestes a enlouquecer,
Continuo a insistir
Sem desistir do meu sofrer.
(eu)
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