terça-feira, 12 de junho de 2012

Cansaço



Doem-me os pés 
De tanto caminhar,
Tenho sede!
E os ossos gemem de suportar
A carga do meu corpo.

Queria tanto poder repousar
Neste entardecer.
Olhar o poente e pensar
Num outro lugar onde pudesse
Sentir-me renascer.

Bebo do suor da minha pele
Bebo das lágrimas que me caem 
Sobre os lábios.
Choro no deserto aberto 
Deste meu peito
Onde já nem sobram despojos
Do que outrora sonhei conhecer.

Solitariamente confusa 
De alma louca,
Ou Talvez oca
Ou prestes a enlouquecer,
Continuo a insistir
Sem desistir do meu sofrer.


(eu)

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