domingo, 10 de junho de 2012

Ser Poeta



O corpo rejubilava com ternura
Os olhos estavam húmidos
E deitavam laivos que sabiam (a)mar
O olhar era oblíquo 
E na concavidade do rosto
Sobressaía uma boca redonda
Cheia... muito cheia de sons audíveis
À distância de vários mundos paralelos.
No peito, ao centro havia um escrito
Dos lados erguiam-se duas mãos
Segurando o mundo entre os dois polegares.

Senti uma onda gigante
Perpassar-me a mente,
Ainda ausente, fixei-me naqueles olhos d'água
E senti no peito a possibilidade
Da imortalidade do Universo!

(eu)

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