Na minha mente desenho o abismo,
Onde pretendo lançar histórias guardadas
Em folhas de papel amarelecidas.
Soltando cada letra petulante
De palavras teimosamente silenciadas.
Abeiro-me do abismo,
Onde pretendo largar a história,
E sinto o medo subverter-me a memória.
Esquecendo cada letra cada palavra,
Sentindo somente minhas mãos cheias
Do vazio da minha mente.
Lanço-o percipicio abaixo e meus olhos
Fixam-se na intemporalidade do tempo.
Afinal, tudo é tão somente nada!
Olho para minhas mãos,
E vejo como elas se abrem
Ao abandono das flores
Que nascem em meu redor.
Sorrio-lhes e penso:
Para quê guardar histórias
Se com o tempo até as letras se apagam!
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