E assim,
Num beijo atordoado
O mel penetrou nas comissuras
Dos meus lábios latejantes.
Pediste-me que te amasse.
Entreguei-te o corpo, a alma
E toda a pele envolvente,
Onde tenho tatuado o teu nome.
Restituíste-me o corpo
Ainda quente , pulsante, gemente,
Mas ficaste para sempre
Com o meu coração.
Então, senti-me morrer em mim.
Morri, mas morri por ti!
E no sufoco apaixonado da morte
Senti-me renascer...
Diz-me:
Porque o poeta mata o homem
Se lhe restitui a alma?
(eu)
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