Como dói este silêncio
que gravita em redor da minha boca.
Meus olhos calados, seguem passos
em busca de memórias veladas
ousadamente guardadas
naquela casa acabada de ruir
sobre meu corpo quase inerte.
Não me perguntes onde desabou
o sorriso que me perseguia em delírio,
não me obrigues a desobedecer ao chamamento
das águas que pretendem diluir a minha voz.
É premente que assim aconteça!
Pudesse eu regressar ao aconchego do útero
e impedir que a larva criasse asas,
todas as vozes ficariam silenciadas
e nenhum vulto ensombraria esta pálida existência.
Para quê fustigar o sangue?
Se o corpo permanece derramado no chão.
Tudo em mim continua adormecido
excepto eu!
(eu)
E somos mesmo este poço de sentimentos adormecidos como encantados.
ResponderEliminarBela construção com fundo de mergulho perfeito na existencia.
Um belo trabalho Cristina.
Meu terno abraço amiga.
Grata pela visita e pela apreciação!
ResponderEliminarAbraço!
Minha querida
ResponderEliminarAs tuas palavras como sempre tocam-me profundamente:Quantas vezes nos sentimos assim, sem nós e sem rumo, adormecidas sobre o que de nós sobrou.
Sempre SUBLIME ler-te.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
um poema excelente
ResponderEliminarcomo são todos os que já li de tua autoria
parabéns
um beijo
:)