Olhei para os olhos da minha alma
e consegui conservar a lucidez.
Percorri espaços entre sóis e luas
furtei-me às trevas e de uma só vez
dependurei-me em laivos de luz.
Sob os meus pés adivinhei a morte,
porém vi-a passar adocicada pelos frutos
que me saíram do ventre no dia
em que me debrucei sobre as pétalas caídas
do roseiral da humanidade.
Por isso podes crer-me:
o (e)terno acontece
sempre que te frutificas
em lençóis de aromas
regados com os pingos do teu sangue.
Como se o voo da águia te dividisse o corpo
para que nunca mais te sentisses só.
Um dia regressarás ao pó
E bendirás aquele em que nasceste.
Num sopro Divino completar-te-ás
e saberás porque vieste.
(eu)
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