Perfeitas e aromáticas
são as rosas
que se desfolham sobre o meu peito.
No ventre sequioso
(re)nascem rios sobre montanhas
férteis de vida.
Cobertas p'lo orvalho matutino
as corolas recebem a luz
remanescente do sol que raiou
no dia anterior.
Debruço-me sobre o leito
onde as águas escorrem fugidias
e embriago-me na doçura
das madrugadas frutificadas
antes do corpo se tornar deserto.
Sustenho os aromas
e na pele desenho um belo roseiral
fruto das estrelas
que teimam iluminar-me o pensamento
sempre que em desalento
olho para a vida
como quem está farto de esperar.
E prestes a desesperar
com o meu olhar sofrido
acabo por constatar
que o jardim, continua, florido.
(eu)
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