Serena é esta alma errante
à procura de uma página onde
se possa escrever.
Distante é este cantar
declinado sob uma vida descrita
com a suavidade de uma pena.
Hoje não me vou alongar:
não preciso da cor do papel
nem da força do gesto
nem tampouco
da intensidade do olhar.
Deixem-me apenas vaguear
Nas asas do vento mesmo nas noites
Em que não houver luar.
Talvez assim eu adormeça
neste baloiçar tardio
em que de saudade
a minh'alma entorpeça.
E em sonhos por sonhar
viverei na ilusão
de que a Poesia foi a razão
porque a vida me fez chorar.
(eu)
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