Inútil descodificar o gemido
que entontece e ensombra
uma viela desabitada.
Uma luz moribunda
de candeeiro de rua
junto a um banco de jardim vazio.
Antes tudo tinha nome
espaço e uma razão para existir.
Hoje, há o vaguear sombrio das aves
nocturnas...
um lugar, sem lugar, sem nome.
sem coisa nenhuma.
Sente-se o silêncio
do outro lado do mundo
onde um dia o desconhecido
se fez homem e esqueceu-se
Que afinal era mortal!
(eu)
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