segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Sempre que a Vida se Escoa


Inútil descodificar o gemido
que entontece e ensombra
uma viela desabitada.

Uma luz moribunda 
de candeeiro de rua
junto a um banco de jardim vazio.

Antes tudo tinha nome
espaço e uma razão para existir.

Hoje, há o vaguear sombrio das aves
nocturnas...
um lugar, sem lugar, sem nome.
sem coisa nenhuma.

Sente-se o silêncio
do outro lado do mundo
onde um dia o desconhecido
se fez homem e esqueceu-se

Que afinal era mortal!

(eu)

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