Eram sete sóis,
eram sete luas e sete mares.
Pelos sóis fui ignorada
pelas luas desamparada
e pelos mares devorada.
Fui alimento p´rá flor dos lábios
ambrósia servida em ceia sagrada.
Tornei-me estátua em pedra dura
indiferente aos clamores das bocas
sufragadas p´la minha loucura.
Por sete ventos fui arrastada,
morri nesse mar em que naufraguei
sem que essa morte onde me afoguei,
fosse sentida ou lamentada.
Foram sete dias de tortura...
o tempo mínimo necessário
a um corpo
para se livrar do cheiro da agrura.
E depois....
depois, lavada em lágrimas de mar,
foram sete os golpes lancinantes
que pela acção lasciva do corpo
não chegaram a sangrar.
(eu)
Sete vezes parabens pela construção/inspiração.
ResponderEliminarO sete tem magia, que sua poesia explorou com
arte e sabedoria.E assim tranca-se a sete chaves todo sentimento no coração.
Linda inspiração.
Abraços.