Há palavras que as bocas
não conseguem ter força
para dizer.
Agarram-se aos dedos
como se quisessem preencher
todos os espaços onde corre a pele.
Os sentidos confundem-se-me,
sempre que penso nos momentos
em que as pedras da minha calçada
me prometiam um longo caminho.
Embelezado por mim, com juras
de um tempo alucinado
que se dizia querer eterno.
Avistava longos espaços por percorrer
e das palavras fazia poemas,
e nos poemas cresciam sonhos
com tempo para serem sonhados.
Imaginava eu, esse trilho alongando-se
à minha frente
e que todos os vislumbres
que ainda ontem me prometiam vida
não morriam hoje
por não ter coragem de continuar a sonhar.
Ainda não sei de quantas pedras preciso
para completar a calçada,
no entanto sinto o caminho curto
para poder estender a minha pele.
(eu)
E a calçada se faz longa, mas eis que a tal de perseverança se faz amiga e cada passo da travessia vem como acelerador para fazer curto cada caminho sem os atalhos da vida.
ResponderEliminarFiz uma rapida viagem por aqui Cristina e senti a beleza de poesia e com certeza voltarei para deliciar destas inspirações.
Sigo com prazer.
Carinhoso abraço de paz e luz.
Uma linda semana a voce.
Bjo poesia.