Esperem....
Não açoitem o vento!
Ele traz-me novas desse lugar de espanto,
branco....tão branco,
como a nuvem que trago entre mãos
e que se esvai perdendo o encanto.
Ouvem-se melodias urdindo dos corpos,
vêem-se estrelas a cegarem os olhos,
do campanário saem sons
dos tempos em que a Ilharga esquerda do corpo
gemia e eu repetia:
Já nem sei por quantos sóis me apaixonei
nem sequer quantas luas visitei...
A alma estava inteira e não me doía.
Antes de se ferir nos rochedos cálidos da vida,
nunca se calava,
como se quisesse dizer a verdade...
(eu)
Imagem- Lauri Blank
Infelizmente a verdade anda pelas ruas da amargura. Tal como os ventos libertadores. E o obscuro parece teimar em ofuscar a luz. Mas a alma, mesmo dorida, teima em permanecer na claridade.
ResponderEliminarGostei imenso, amiga Cristina.
Bjo :)
Oi Cristina!
ResponderEliminarLinda inspiração de ventos que sopram poesia!
Feliz fim de semana!
Beijo carinhoso!
Eu é que agradeço o sussurro do vento que me trouxe até si.
ResponderEliminarAs feridas da vida força-nos tantas vezes ao silêncio.
Um beijinho e bom fim de semana
Fê
"Já nem sei por quantos sóis me apaixoneinem sequer quantas luas visitei... " .... linda esta frase do seu belo Poema :)
ResponderEliminarUm Abraço de Amizade ... gostei muito desta sua Casa e voltarei mais vezes :)
"Não açoitem o vento". De mansinho ele traz-nos a voz dos poetas. Cheguei por curiosidade. Parto satisfeita. Um abraço.
ResponderEliminarE belamente numa linda poesia este vento que não pode nem deve ser açoitado a trouxe para nós.
ResponderEliminarSua poesia não pode ficar ausente nesta grande família que formamos.
Seja bem vinda Cristina em meio a Primavera que enfeitam seus caminhos de flores.
Meu carinhoso abraço de muita paz e luz em sua vida.
Beijo de cá no Outono.
O que seria do veleiro sem a vinda do bom vento?
ResponderEliminarCadinho RoCo
a verdade pode ter várias faces.
ResponderEliminaro poema é muito bom como são todos os que conheço teus.
uma imagem muito a condizer.
obrigada pelas visitas!
bom fim de semana.
beijo
;)
O vento com a tua alma feminina na viagem da dança da vida,
ResponderEliminarcom a melodia poética (tua) que sempre nos envolve com o
encantamento do teu belo universo interior.
Adoro a tua poesia, Cristina!!
Beijinhos saudosos,querida.
Raramente apareces, mas quando apareces arrasas!
ResponderEliminarDeves ter chegado trazida pela inspiração do vento, a partir desse
lugar de espanto. Um poema em turbilão, cujo sujeito, após as dores do corpo,
consegue manter a alma sem dor, embora ela seja a conhecedora da verdade
de todas as dores.
Muito belo, Cristina! E a imagem também.
xx
Lembrei o tempo da inocência, antes da marcas da desilusões, da macula das decepções, protegidos pelo "stand by" da percepção. Amadurecer doí. Beijos, poetisa, Cristina.
ResponderEliminarUma imagem e palavras inspiradores.
ResponderEliminarum beijinho e uma boa semana
Gábi
Tudo se move
ResponderEliminaraté o vento
Bj
Ah, Cristina, essa forma de escrever é única. E eu gosto.
ResponderEliminarUm beijinho :)
Olá Cristina , relendo novamente o Poema e gostando ainda mais :)
ResponderEliminarBeijinho
Boa noite, Cristina!
ResponderEliminar" A alma estava inteira ..." Alma onde tudo cabe e envolve desde o começo do poema até ao seu fim. A sensibilidade à flor da pele mora neste lugar de espanto!
Lindíssimo poema.
Beijinho amigo.
A alma estando inteira...! Bela poesia! abraços
ResponderEliminarOlá, Cristina.
ResponderEliminarTantos amores, tantas viagens, tantas vidas e sempre atenta às novidades que hão de ser trazidas pelo vento.
E alma bem quer dizer a verdade.
Tão bonito, Cristina ;)
bj amg
Olá Cristina ,
ResponderEliminarPassando novamente , relendo , e desejar-lhe Um Bom fim de Semana com muita Paz e tudo o que mais desejar .
Um Beijinho
bela poesia!!! uma alma inteira não dói, o que dói é deixar que se quebrem sentimentos, há que transmutar a vida para melhor entendê-la... bjs
ResponderEliminarhttp://metamorfosearsemmedo.blogspot.com.br/
Não sei que caminhos me trouxeram aqui, mas fui ficando, ficando, porque não conseguia parar de ler.
ResponderEliminarGrata por ter enchido a minha alma de poesia.
Peço licença para transcrever este poema ( ou outro, ainda não decidi) num blogue que também possuo de poetas portugueses e que se denomina Poesia Portuguesa, neste endereço : http://portuguesapoesia.blogspot.pt/
Um abraço
Eu é que agradeço o apreço. Claro que pode divulgar.
EliminarAbraço.
A dicotomia entre claridade e escuridão .... não há forma de escapar. Só há luz porque existe o seu contrário.... será sempre assim.... o universo e os seus opostos ....
ResponderEliminarHá beleza nas sombras dos objectos que pintamos e desenhamos... Não há nenhuma beleza quando o coração escurece literalmente e não há feixe de luz que lhe dê tréguas.... " é urgente um sorriso" .... é urgente acreditar .... mas quando a escuridão não depende de nós.... que prisão!
Beijinho e um sorriso.