Os meus olhos estão cegos
e já não seguem passos
os meus pés estão dormentes
nus e descalços.
Já não ouço vozes nem dou beijos,
nem sinto abraços nem desejos,
desprezo ironias e sorrisos falsos.
Já nem tu me podes dar abrigo,
eu sou o relento, a chuva e o perigo,
sou a tempestade e a intempérie.
Ou as lágrimas no rosto do mendigo.
Amei miragens, debrucei-me nos abismos
desnudei-me nos versos e nas palavras
depois cobri-me de silêncios invisíveis.
Para quê gritar sons inaudíveis?
Na eloquência do sangue derramado
o mesmo que ficou congelado
nestes versos crus e insensíveis.
(eu)
Parabéns Cristina por essa poesia linda, maravilhosa. Um bj pra ti.
ResponderEliminarhttp://poesiasesonetos.blogspot.com.br
Muito obrigada Nádia! Bem-vinda ao meu canto...
ResponderEliminarBeijinho amigo! *
versos que respiram vida.
ResponderEliminarescreves muito bem poesia.
beij
Verso crus, talvez, mas... insencíveis?!... A apatia não se descreve, não interessa às palavras nem pelas palavras!... Há lembranças, há saudade, há indiferença que nunca chega a ser e o desejo de desejar o que se receia não poder desejar-se!... Beijos e abraços, com todo o calor de outros tempos... mas nunca em versos crus, como se fossem a cruz pesada de um destino mais ou menos poetisado e sempre sentido!... E não esqueça, cara Cristina C., há sensibilidade sentida em quem a sente, pelo sentimento que em seus versos sentidos se... condoem serenamente!...
ResponderEliminarCom o desejo de um Feliz ano de 2013
Abraço
Muito grata querida Piedade!
ResponderEliminarFELIZ ANO NOVO.
Beijinho grande!
Grata pela visita e pelo comentário, A. Pina.
ResponderEliminarFELIZ ANO NOVO!
Abraço!