Há uma voz ameaçadora
que me cega o peito,
há um querer ver
para além dos olhos
o pó que transporta o vento.
Há um crescer da fome
com que os lábios sangram
ao toque do beijo,
sempre que vejo,
hastes que me saem do ventre
e se elevam ao céu
em suplicas de ansiedade.
Quando a última lua
se abrir nos meus olhos,
contar-te-ei a verdadeira cor das estrelas
e nelas pousaremos as mãos repletas de vida.
Unidos semearemos bondade,
da terra eliminaremos o desalento.
Tu serás o pó, eu serei o vento...
(eu)
Imagem- Lauri Blank
e de amor e paz se faz poema...
ResponderEliminarmuito belo
:)
Grata Piedade pelo carinho da leitura...
EliminarBeijinho meu.
Um poema feito de uma inquietação que anseia, para além do próprio olhar,
ResponderEliminaro encontro com o pó que ele virá a ser,sempre no vento no qual ela, etérea,
se transformará.
Elementos da Natureza, Terra e Ar, unidos para sempre num arrebatamento
de fome nos lábios, e como se de um ventre saíssem para sempre hastes de
vida que se acolhem nas mãos; frutos do Bem e da Bondade.
Diria que só a arte (neste caso, a poesia), e o Amor, conseguem desafiar a morte.
Não sei se entendi bem, mas foi assim que li.
Parabéns, Cristina! Um poema tão para além da superfície...
xx
Grata Laura, pela tua leitura. Entendeste na perfeição, embora eu própria muitas vezes fique na dúvida em relação ao que pretendo transmitir. Isto é, muitas vezes, ou a maior parte das vezes, encontro várias possibilidades de leitura para aquilo que escrevo.
ResponderEliminarMas também não me questiono muito. Fico contente quando me emociono e consigo transmitir emoção...
Beijinho de gratidão....
É verdade, nem sempre quando escrevemos sabemos o que iremos transmitir, porque no fundo, só se escreve em poesia o que
Eliminarse sente, e não com o intuito de transmitir alguma coisa. O grande poema é sempre feito para nós, e quando é, os outros podem
com esse poema identificar-se, ou pelo menos, entendê-lo.
E sem dúvida, as interpretações podem sempre ser múltiplas!
A tua emoção é enorme, e desperta sempre a minha.
Obrigada pela resposta, Cristina.
xx
O olhar circundante, a necessidade de fazer algo, sempre em partilha...
ResponderEliminarSempre belo, Cristina!
Um beijinho :)
Poxa... Poema belíssimo, Cristina, emocionante. Descreveste com fidelidade esse estado de inquietação que por vezes nos toma, interagindo com a vida, esse turbilhão diário de emoções. Com riqueza de detalhes, empreendo em cada palavra um significado vario, uma verdadeira pintura com palavras. Uma beleza que transcende a forma imediata e provoca a sensibilidade, emociona de forma impactante o leitor. Belo, belo, belo... Parabéns!
ResponderEliminarOi Cristina!
ResponderEliminarLindo demais!
Poesia romântica e profundamente emocionante!
Felicidades para você!
A inquietação que o amor nos traz, num poema muito belo.
ResponderEliminarBeijo.
Boa noite, Cristina.
ResponderEliminarEspalhar a bondade, retirando toda a maldade humana é a inquietação da maioria das pessoas que desejam veementemente uma solução para o extermínio da maldade.
Somente pessoas que andam juntas poderão extirpar, ao menos no coração, tanta maldade e lutar para que a rara bondade seja uma qualidade comum ao homem.
Tenha uma semana de paz.
Beijos na alma.
Parabéns.
O amor eterno não teme a morte...
ResponderEliminarUm poema brilhante, onde as emoções nos são transmitidas com belas imagens poéticas.
Gostei muito, parabéns pelo teu enorme talento.
Tem uma boa semana, querida amiga Cristina.
Beijo.
Fusão maravilhosa da poesia com o amor.
ResponderEliminarCadinho RoCo
Sopro-te
ResponderEliminare voo
Um poema que começa em ameaça mas acaba muito bem semeando bandade.
ResponderEliminarGostei.
Abraço.
Peregrino E Servo.
Belo pela poética, profundo pela mensagem.
ResponderEliminarSair de nós para alimentar o outro...
Parabéns!
Bjo, Cristina :)
Olá Cristina ,
ResponderEliminarÉ um Prazer Enorme aqui vir e ler os seus Poemas ... existe sempre uma Magia ternurenta que emana do Ser ... Gostei muito , muito ...
Um Beijinho