sábado, 28 de junho de 2014

Há Silêncios que não devem ser Interrompidos....o Ruído não faz parte da Consciência Pura...



Esta aflição de ser sem saber se sou,
essência materializada em palavras que não sabem dizer,
coração em ebulição na aspereza das chamas
que convulsionam uma vida a derreter-se em ondas sublimes
onde o naufrágio se adianta.

Alevanto-me no desespero e em desapego de circunstância,
reconstruo-te mais uma vez em ilusão da minha mente
e deixo-me morrer colada ao corpo que imagino teu.

Extremada fui, sem saber quem era...
Insistindo perdoar-me, sendo apenas inocente....



(eu)

Imagem- Frederico Erra

6 comentários:

  1. [desapaixonar é mais fácil
    talvez que apaixonar.
    a diferença é que
    um é escolha e o,
    outro necessidade]


    beij0

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  2. Lindo, profundo e apaixonante!
    Reinventar, imaginar é ir além, muito além...
    A poesia sabe dizer!
    Felicidades para você, querida Cristina!

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  3. Alma perdida na procura de si...Sente o naufrágio e o calor da paixão.

    Muito belo

    Bjgrande do Lago

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  4. Olá Cristina,

    Primeiro,estava saudosa de ler-te e fiquei alegre de teres postado mais um belo poema (teu).

    Achei muito interessante o título, pois também aprecio a fala (música) do silêncio...

    A minha leitura (sentir) deste teu poema é que ele percorre reflexivamente pelos conflitos,dúvidas,

    espelhado de um mar (inspiração) poético,rico de silêncios e melodias do Ser...

    Gosto imenso da tua poesia!

    Beijinhos.

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  5. Excelente poema. A presença que foi. A ausência que é. "Esta aflição de ser sem saber se sou".
    Beijo.

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  6. por vezes a incerteza é a certeza de se ser nós (como somos) por inteiro e se a ausência dá em queda, levanta-te e anda, se nao conseguires andar voa, porque o voo é apenas nosso e não deixa mágoas....

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