quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Consumida P'lo Fogo da Alma



Ainda não percebi 
Porque insisto em juntar letras.
Estas que me escrevem as mãos de palavras
Talvez nunca lidas ou não compreendidas
Ou quem sabe, até,
Numa gaveta qualquer
Esquecidas...

Hoje quero dizer:

Este fogo que arde dentro mim 
Devastador e revelador
[De tudo o que sobra da minha essência]
Recebi-o de um astro qualquer
No espaço em que me fiz mulher
Mergulhando num mar de pura inocência.

Ainda assim, quero continuar: 

A tentar o céu descodificar
Aquele que me fecundou o ventre
Das mais belas e raras estrelas.
Ampliar o horizonte alcançado p'los meus olhos
Saber porque razão o universo se expande
E de quantos sóis 
Recebi o fogo que arde dentro de mim.

Não vivo em busca do tempo perdido
Nasci para alcançar o fim do tempo
Na explosão total da minha própria existência

Pergunto então:

Será de luz de fogo feita a minha essência?

(eu)

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